No mês de outubro, o Radar Climático analisou mais de 2.900 notícias sobre mudanças climáticas, o que representa um aumento significativo no volume de informações sobre o tema. A realização da Cúpula do G20 e o início da COP26 foram eventos amplamente divulgados pelos meios de comunicação, tornando outubro o mês com maior cobertura sobre mudanças climáticas em 2021.
El Mostrador informou que os líderes do G20, grupo que reúne as economias mais poderosas do mundo – incluindo Brasil, México e Argentina, apresentaram uma declaração conjunta no intuito de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. La Nación explicou que o G20 reafirmou o compromisso do Acordo de Paris e concordou em parar de subsidiar “a partir do fim de 2021” novas térmicas de carvão no exterior, embora nenhum anúncio tenha sido feito para a realidade nacional.
A imprensa também reportou o início da 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26) e o que se espera desse encontro. Infobae indicou que um dos principais fatores que irão determinar o sucesso da COP26 está relacionado ao cumprimento das promessas dos países ditos desenvolvidos para redução de emissões de gases de efeito estufa e a possibilidade de mobilizar 100 bilhões de dólares anuais para o financiamento climático.
analisadas em Outubro 2021
às mudanças climáticas (0.9% fazem menção ao tema e 0.9% O priorizam)
O ranking representa a quantidade total de notícias sobre mudanças climáticas publicadas em cada meio de comunicação no mês de outubro
Rodrigo Perpétuo, secretário executivo para a América do Sul do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, pontua que durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (CDB) se discutiu sobre a importância de financiar políticas que permitam o combate ao desmatamento e o manejo de áreas protegidas. Também lembrou que durante a COP26 irão ser negociadas políticas de adaptação; hoje apenas 10% do financiamento climático se relaciona com este aspecto. Assista ao vídeo aqui.
Excelsior explicou que, segundo um estudo do Instituto Mercator, 85% da população mundial é afetada pelos impactos das mudanças climáticas. Para obter o número, os pesquisadores analisaram cerca de 100 mil estudos publicados entre 1951 e 2018 relacionados ao aquecimento global.
Os meios de comunicação noticiaram que foi aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU uma nova resolução que reconhece o viver em um ambiente limpo, saudável e sustentável como um direito humano. El Comercio informou que Costa Rica foi o principal promotor desta iniciativa, que se articula a outros direitos de aplicação universal.
Gestión informou que, de acordo com um plano para atingir a neutralidade de carbono, a China irá trabalhar para limitar o uso de fósseis a menos de 20% até 2060. O plano também prevê que 25% do total de energia consumida no país venha de fontes não fósseis até 2030.
Outra notícia amplamente divulgada neste mês foi a entrega do Prêmio Nobel de Física para os especialistas em modelagem física das mudanças climáticas: o nipo-americano Syukuro Manabe e o alemão Klaus Hasselmann. La Nación explicou que, graças ao modelo de Manabe, desde meados da década de 1980 a comunidade científica conseguiu mostrar à Organização das Nações Unidas (ONU) que as mudanças climáticas iriam se intensificar com o aumento dos gases de efeito estufa. As evidências se revelaram tão contundentes que levaram à criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
O papa Francisco e dezenas de líderes religiosos assinaram uma petição conjunta para que os governos se comprometam mais no combate à crise climática durante a COP26. La Hora afirmou que os religiosos também farão sua parte para orientar as pessoas em direção a comportamentos mais sustentáveis. «Fé e ciência: uma petição para a COP26» é a nova iniciativa que busca dar impulso e gerar indignação na cúpula do clima.
EKLA KAS e Quantum Leap prepararam uma publicação sobre a visão geral do regime internacional de mudanças climáticas em termos de tecnologia, o estado atual da matriz energética e os desafios para a transição energética na América Latina e no Caribe. Leia na íntegra aqui.
Em novembro será realizado o curso “Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável”, em parceria com a Rede de Energia Renovável do Peru. O objetivo é fortalecer a capacidade de análise da Rede Andina de Energias Renováveis com conceitos relacionados à sustentabilidade e energias renováveis. Saiba mais aqui.