No mês de fevereiro, o Radar Climático analisou mais de 1.400 notícias sobre mudanças climáticas. A imprensa cobriu as chuvas torrenciais na Região Serrana do Rio de Janeiro (Brasil) que provocaram deslizamentos e inundações. Mais de 230 pessoas morreram na tragédia. O jornal boliviano El Deber explicou que as fortes chuvas vêm afetando vários estados brasileiros há meses e, segundo especialistas, o cenário deve piorar em razão das mudanças climáticas.
Outro fato que também marcou a agenda jornalística neste mês na América Latina foram os incêndios em Corrientes (Argentina), que, de acordo com o Infobae, avançaram 30 mil hectares por dia. Os incêndios evidenciam a presença da crise climática, que junto à crise hídrica, ao fenômeno La Niña e às altas temperaturas criaram as condições para que o fogo rapidamente se propagasse.
Na última semana de fevereiro foi divulgado o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que apresentou um “atlas do sofrimento humano” como consequência da emergência climática. O jornal peruano El Comercio publicou que, conforme o documento, metade da população já é “muito vulnerável” aos impactos cruéis e crescentes das mudanças climáticas, e a inação dos governantes ameaça reduzir as poucas possibilidades de um “futuro habitável” no planeta. Além disso, não há mais dúvidas: os efeitos do aumento da temperatura não se limitam ao futuro.
analisadas em Fevereiro 2022
às mudanças climáticas (0.5% fazem menção ao tema e 0.3% O priorizam)
O ranking dos meios representa a quantidade total de notícias sobre mudanças climáticas publicadas em cada meio de comunicação no mês de fevereiro.
Conheça as principais notícias relacionadas às mudanças climáticas que foram destaque no mês de fevereiro. Assista ao vídeo.
De acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), das 460 milhões de toneladas de plástico produzidas em 2019 no mundo, 353 milhões se tornaram resíduos. A produção de plástico foi responsável por 3,4% das emissões de gases de efeito estufa no mesmo ano. Apenas 9% dos resíduos foram reciclados, 19% incinerados e cerca de 50% acabaram em aterros controlados. Os 22% restantes foram abandonados ou queimados, divulgou Gestión.
O Dia Mundial das Zonas Úmidas foi comemorado no dia 2 de fevereiro e o jornal colombiano El Tiempo explicou como tais ecossistemas são essenciais para o crescimento econômico, a mitigação e a adaptação às mudanças do clima. Além disso, seu cuidado está relacionado à conservação da biodiversidade. No entanto, as zonas úmidas estão ameaçadas pela poluição, mudanças climáticas, barragens, agricultura, dentre outros fatores.
El Mostrador informou que o Chile está avançando na transformação energética. Nesse contexto, o país visa ter uma matriz energética 40% mais limpa até 2030, além de ter maior rastreabilidade quanto à energia comercializada e sua origem. O governo chileno está impulsionando o desenvolvimento do hidrogênio verde, inclusive por meio de órgãos estatais, para aproveitar a oportunidade proporcionada pelo combustível do futuro.
John Kerry, enviado especial dos Estados Unidos para o Clima, teve um encontro coberto pela imprensa com o presidente do México, Andrés López Obrador. O jornal mexicano Milenio divulgou que durante o encontro foi discutida a criação de um grupo de alto nível sobre energias renováveis e mudanças climáticas. O destaque do grupo será o fortalecimento das cadeias de fornecimento de energia solar e eólica.
A tempestade Eunice, que se formou na Irlanda, passou pelo Reino Unido e outros países europeus, deixando vários mortos e importantes danos materiais. El País indicou que, embora seja conhecido que as mudanças climáticas aumentem e intensifiquem fenômenos extremos, não está clara a relação no caso de ventos e tempestades (excluindo ciclones), cujo número varia bastante de ano para ano.
A Coalizão de Economia Circular, em conjunto com a EKLA KAS, apresenta este relatório que oferece uma visão compartilhada da economia circular na América Latina e no Caribe. O documento é um guia para que a região se posicione como protagonista e se torne líder na transição global para uma economia de baixo carbono alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Conheça o relatório aqui e assista à sua apresentação.