No mês de novembro o Radar Climático analisou mais de 3.800 notícias sobre mudanças climáticas, o maior número do ano de 2021. A COP26 foi um dos eventos que desencadeou a cobertura jornalística massiva sobre as mudanças climáticas neste ano, apontando poucos avanços em torno do maior desafio global.
Apesar de alguns anúncios positivos, a COP26 não alcançou os objetivos esperados. Uma das vozes latino-americanas ouvidas foi a de Adrián Peña, ministro do Meio Ambiente do Uruguai, que pediu um maior compromisso com o financiamento de estratégias de adaptação e mitigação. Ele evidenciou que a declaração final poderia ter sido um pouco mais ambiciosa, explicou o portal Montevideo.
Infobae indicou que os anúncios foram ofuscados pelo fracasso dos governos em cumprir seu compromisso de 2009 de fornecer US$ 100 bilhões, por ano, para financiamento climático de países de baixa e média renda até 2020. Os relatórios sugerem que será preciso mais dois anos para atingir esse objetivo.
Por outro lado, BiobioChile informou que o anúncio entre Pequim e Washington, sobre o esforço conjunto de trabalhar no enfrentamento das mudanças climáticas, foi um grande acontecimento durante a COP26. Sem entrar em detalhes por enquanto, China e Estados Unidos querem tomar medidas reforçadas para aumentar suas metas na década de 2020.
Nesse contexto, o encontro pós-COP26 entre Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, presidente da China, também foi veiculado pela imprensa. RPP reportou que o presidente chinês disse que está “preparado” para trabalhar na “construção de consenso” e “dar passos” para reorientar as relações. Ambos os líderes enfatizaram que as duas potências devem colaborar em questões internacionais importantes, como a pandemia de covid-19 e as mudanças climáticas, noticiou La Nación.
analisadas em Novembro 2021
às mudanças climáticas (1.0% fazem menção ao tema e 1.1% O priorizam)
O ranking representa a quantidade total de notícias sobre mudanças climáticas publicadas em cada meio de comunicação no mês de novembro
El País informou que de 1.234 milhões de pessoas poderiam ser afetadas pela crise climática em 2070, caso as piores previsões do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia (JRC, na sigla em inglês) se cumpram. As mudanças climáticas podem atingir 27% da população da América Latina e do Caribe, 20% da Ásia e 11% da África devido à redução drástica de cultivos locais e produção de alimentos agrícolas.
Gestión explicou que, de acordo com estudo publicado na revista Science Advances, as mudanças climáticas reduziram o número de pássaros na floresta amazônica e também modificaram seu tamanho: eles ficaram menores e com asas mais longas. As mudanças físicas, que ocorreram ao longo de várias gerações, ajudaram as aves a se adaptarem a condições cada vez mais quentes e secas.
El Comercio informou que, no contexto da COP26, pelo menos 19 países, incluindo os Estados Unidos e a Costa Rica, concordaram em cessar o financiamento com dinheiro público para a extração de combustíveis fósseis fora de seus territórios até 2022. Apesar deste progresso, grandes consumidores e investidores de fósseis, como China, Japão ou Coréia do Sul, não estão incluídos no acordo.
Infobae indicou que, segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), as emissões na Amazônia brasileira aumentariam em 21%, se considerados os incêndios florestais relacionados ao desmatamento nos últimos 15 anos. O problema, de acordo com o IPAM, é que as emissões causadas pelos incêndios não são consideradas na conta oficial feita pelo Brasil. O fogo é o principal fator de degradação florestal na Amazônia.
Debate divulgou que os presidentes do México e dos Estados Unidos, juntamente com o primeiro-ministro do Canadá, participaram da IX Cúpula de Líderes da América Latina. Durante a reunião, os três líderes concordaram com a importância em abordar temas como as mudanças climáticas, migração e comércio a fim de fortalecer a cooperação internacional.
Joe Biden 
Canadá 
China 
Estados Unidos 
Francia 
México 
