Em abril, o Radar Climático analisou mais de 1.900 notícias sobre mudanças climáticas. A realização da Cúpula de Líderes sobre o Clima, coordenada por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, teve cobertura de diversos meios de comunicação e representou uma tendência noticiosa.
La Diaria (Uruguai) destacou o anúncio de Biden sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa dos EUA entre 50% e 52% até 2030, em relação aos níveis de 2005. Além disso, pretende atingir a neutralidade de carbono até 2050, explicou Milenio (México). O jornal acrescentou que a União Europeia concordou com uma lei climática para reduzir as emissões em 55% até 2030.
Compromissos importantes também foram assumidos na América Latina. A Colômbia anunciou a nova meta de redução de 51% para 2030, informou El Tiempo (Colômbia). Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, disse que seu país alcançará a neutralidade de carbono em 2050. Porém, poucas horas depois, Bolsonaro reduziu o orçamento do Ministério do Meio Ambiente, decisão que vem sendo duramente criticada no Brasil e em outros países, explicou La Tercera (Chile).
Outra notícia que marcou tendência foi a demanda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) por medidas para aliviar a dívida soberana de países de baixa e média renda, incluindo uma maioria de latino-americanos. O anúncio foi feito antes das próximas reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário, segundo Página Siete (Bolívia). O déficit econômico impedirá que os governos façam investimentos decisivos para beneficiar a população e combater as mudanças climáticas, disse El Deber (Bolívia).
analisadas em Abril 2021
às mudanças climáticas (0.7% fazem menção ao tema e 0.6% O priorizam)
O ranking representa a quantidade total de notícias sobre mudanças climáticas publicadas em cada meio de comunicação no mês de abril
Vários meios de comunicação explicaram que os danos ambientais sofridos por Honduras têm reduzido muitas fontes de água, como rios e riachos, nas últimas décadas. El Periódico disse que, considerando a perda florestal anual de 78 mil hectares, devido à extração ilegal de madeira, incêndios, entre outros, se espera restaurar um milhão de hectares até 2030 e neutralizar os efeitos das mudanças climáticas.
Por meio da ferramenta Timelapse do Google, que gera vídeos em 3D com imagens históricas de satélite, será possível conhecer os processos pelos quais passou o planeta em função das mudanças climáticas. A UnoTV explicou algumas das transformações ocorridas nos últimos 37 anos: mudanças florestais, aumento de temperatura, entre outros.
Como resultado da pressão social, a Toyota Motor, montadora japonesa, informou que vai mudar sua postura frente às mudanças climáticas e rever suas estratégias a esse respeito. Milenio explicou que a companhia afirmou que vai fornecer mais informações de modo que se entenda seu esforço para alcançar a neutralidade de carbono e, com isso, contribuir para que as mudanças climáticas não gerem uma catástrofe global
Os meios de comunicação também noticiaram a entrada em vigor do Acordo Escazú, o primeiro tratado para proteger os defensores do meio ambiente na América Latina e no Caribe. António Guterres, secretário-geral da ONU, disse que o acordo dá esperança e abre o caminho para uma regulamentação resiliente para conter as mudanças climáticas e o colapso da biodiversidade, registrou o Semanario Universidad.
No dia 22 de abril foi comemorado o Dia Mundial da Terra. El Mostrador sublinhou que, no Chile e em outros países, é preciso recuperar a natureza para reduzir a pobreza e frear as mudanças climáticas. O jornal enfatizou a necessidade de criar um Plano Nacional de Restauração em Escala da Paisagem, compromisso do Chile no contexto do Acordo de Paris, que permitiria a restauração de 1 milhão de hectares de paisagens até 2030.
Este texto começa com a pergunta: “Podem os Estados Unidos, com sua pretensão de liderança, marcar a pauta sobre proteção internacional do clima?”. Além disso, explica como a nova aspiração à liderança dos EUA em cuidados com o clima é percebida na Ásia, no Pacífico, na América Latina, na África Subsaariana e no Oriente Médio. Leia o artigo aqui.
A análise traz a importância da entrada em vigor do Acordo Escazú, que oferece oportunidades de informação, participação e acesso ao direito na área ambiental. Também analisa a posição dos Estados que ainda não ratificaram o Acordo. Saiba mais aqui.