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Mudanças climáticas nas eleições presidenciais latino-americanas

Em outubro foi eleito o presidente do Equador e ocorreu o primeiro turno presidencial na Argentina. Já em agosto foram realizadas eleições presidenciais no Paraguai e na Guatemala. Nessas eleições a questão das mudanças climáticas esteve presente.

As informações relacionadas às mudanças climáticas durante as eleições presidenciais no Equador foram muito baixas. Por diversas razões, no mês de outubro os meios de comunicação informaram muito pouco sobre a eleição de Daniel Noboa e suas políticas ambientais. El Universo (veículo não analisado pelo Radar Climático) indicou que entre as propostas de Noboa está o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente para regular e controlar a reciclagem de resíduos.

Durante o primeiro turno eleitoral presidencial na Argentina, a imprensa analisou o discurso sobre mudanças climáticas dos candidatos. Além disso, os jornalistas opinaram e checaram informações, evidenciando uma diferença entre a cobertura destas eleições em comparação a de outros países. Clarín explicou que Sergio Massa, o candidato mais votado, espera desenvolver uma política de adaptação e mitigação climáticas, além de apoiar a mineração sustentável. El Tiempo indicou que Javier Milei, que passou para o segundo turno, demonstrou rejeição às políticas climáticas, sinalizando que fazem parte de uma agenda política internacional.

Los Tiempos informou que o recém-eleito presidente paraguaio, Santiago Peña, tem criticado algumas das iniciativas que combatem a crise climática, porque, embora bem-intencionadas, podem prejudicar o desenvolvimento do país. O presidente vem afirmando que o Paraguai não tem contribuído significativamente com a emissão de gases de efeito estufa.

Sobre a eleição presidencial de Bernardo Arévalo, na Guatemala, Gestión explicou que as suas propostas centram-se na criação de empregos e na promoção de políticas para combater as mudanças climáticas.

O ranking dos meios representa a quantidade total de notícias sobre mudanças climáticas publicadas nos meses de fevereiro, junho, agosto e outubro em países da América Latina e Caribe. Em cada país são analisados, em média, quatro veículos de comunicação.

GOOGLE TRENDS

Através da análise de tendências do Google Trends, apresentamos os temas mais buscados na categoria “Ecologia e meio ambiente” na Colômbia, Argentina e Peru, países que mais informaram sobre mudanças climáticas neste período.


Equador decide deter a exploração de petróleo no Yasuní

O Equador não somente elegeu um novo presidente, mas a população também participou de consultas populares.  El Comercio explicou que 59% dos votantes escolheram parar a extração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, uma das zonas mais biodiversas do planeta e parte da Amazônia equatoriana. Este tema atraiu a atenção da imprensa nacional e internacional, e vários meios de comunicação fizeram uma cobertura especial sobre o assunto.

OCDE: Políticas agrícolas não estão à altura do desafio climático

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE) emitiu um informe evidenciando que a maioria dos apoios à agricultura não permitem que o setor se adapte adequadamente às mudanças climáticas. El Espectador (baseados na agência AFP), indicou que, segundo a OCDE, as medidas públicas deveriam focar em investimentos nos serviços que beneficiem todo o setor, como a pesquisa, o desenvolvimento e a infraestrutura.

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